O título deste artigo é um grande dilema que já passou pela cabeça de todos que um dia já pensaram em escrever.
Primeiramente vamos deixar claro que escritor é aquele que escreve e gosta disso, não necessariamente alguém famoso ou que tenha livros ou artigos publicados.
Mas o que leva a pessoa a escrever bem, ou seja, a ser um bom escritor? Será que qualquer um pode ser escritor? Será que consigo?
Talento

Muitos pensam que é o talento, como um dom, ou você tem ou não tem. É como se a pessoa tivesse uma conexão com o universo a ponto de estar sempre pronta para escrever sobre qualquer assunto, não importa onde ou como esteja, ela sempre está inspirada, uma simples cena rotineira é o gatilho de alerta para sua inspiração.
O talento é nato, as palavras saltam à cabeça e o desenrolar da história é definido espontaneamente, com leveza. E neste pensamento, um grande escritor praticamente não tem trabalho ou dificuldade para escrever um livro, afinal tudo é espontâneo.
Dedicação
Outros pensam que o que faz a pessoa ser um escritor é a dedicação. Pare, pense, treine, leia, estude, pesquise, faça de novo e você conseguirá ser um bom escritor. Muitos são os recursos tecnológicos utilizados hoje em dia para ajudar as pessoas a redigir um bom texto. Existem aplicativos, corretores automáticos, sites, grupos online de inspirações e tantas outras coisas. Então esqueça essa ideia de que você precisa de inspiração ou dom natural.
Talento e Dedicação

Um terceiro grupo, e eu me incluo neste grupo, acredita que o escritor ideal é o que consegue unir o talento à dedicação, mas analisando tanto o talento como a dedicação de uma forma mais realista.
O talento não vem de super poderes e nem de conexões com o universo, o talento vem da criatividade e a criatividade vem do treino, de outras leituras, da curiosidade em ler sobre temas diversos que vão se unir e criar uma história mais complexa e atrativa. O talento também não nasce com a pessoa, é desenvolvido desde jovem, nos costumes da família e ambientes que a pessoa costuma frequentar desde criança.
Já a dedicação não é um fato isolado, o escritor não pode dedicar-se apenas uma vez na vida a um único livro e achar que aquele já sairá perfeito e atraente. A dedicação tem que ser constante, com concentração e persistência.
Então, de nada adianta o talento sem a dedicação e vice-versa. É o talento que vai acrescentar a experiência da escrita e um toque de genialidade, mas é a dedicação que faz o escritor ser cuidadoso, buscar o perfeccionismo, a concentração e o exercício permanente. É a dedicação que faz com que o escritor não desista no meio do caminho, é ela também que faz o escritor se aperfeiçoar e criar textos cada vez melhores.
Podemos resumir que o talento estimula a começar e a dedicação permite a conclusão.